Metódicos telhados
O gramado se curvou pra receber tuas pisadas. Estava atrás do roseiral. E a estampa de teu vestido se confundia com as orquídeas de cor vibrante. Erguia-se graciosamente procurando meus olhos. E eu, teu colo. A vi contente em um plano distante que só atravessando o portal que se abre nos sonhos se pode chegar. Sim, te encontro novamente e tuas expressões me sobem à consciência me causando arrepios. Onde esta o medo que outrora lhe espantava o sono? E teus olhos tristonhos que ameaçavam desaguar? As mãos trêmulas e a face tristonha? Ó como estão saudáveis teus cabelos.
Lembram-me aqueles imensos caminhos em zig-zag que os rios fazem a fim de se encontrarem com os mares. Cachoeiras que deságuam até os quadris bailando musicalmente ao convite das brisas.
Ó como são ingênuas tuas mãos que, na medida em que andas pelo jardim de explosivas cores, abençoa as flores, ao tocá-las romanticamente.
E esse ouro que te banha? E essa luz adocicada que surge do alto da cabeça e deságua até teus pés desnudos? E essa melodia que se ergue a medida que caminhas? Quanta leveza.
Riqueza.
E esse ar de Heroísmo? O que procuras pombinha gentil? Aqueles cujo teu ventre gerou, e teus seios amamentaram? Andas até o portão que se abre nas duas bandas do infinito, queres saber se já chegaram? No assento etéreo onde subiste, memória desta vida ti se consente? Teu perfume repousa nas pétalas onde tocas e há saúde em tua pele. Tuas pegadas afundam a areia e teus olhos olhos vasculham o infinito.
Romantismo.
Risos.
Luzes.
Há um lago cujas águas tal como cristal aguarda nosso baile. Dançaremos em memória da vida que tem início nas recamaras superiores. És bem vinda em nossas lembranças, és cantada em nossas cantigas e honrada em nossas letras. Fico a imaginar que música cantarola em teus passeios no dia que é infinito.
Os anônimos se saúdam nas ruas, os pássaros afinados fecham as cortinas do dia que se vai indo; a chuva fininha escurece os telhados e o chão bruto. À noite enfim cai como um véu negro; Os sons do dia se despedem, as crianças se recolhem e as portas se fecham; O silêncio se arma, a fina linha do horizonte se apaga e o céu fica pontilhado.
Enfim...
Mas um dia sem você...
Tenho mais de você em mim do que eu possa supor e aquele, cujo nas veias teu sangue navega, de ti apaixonado se lembra, enquanto dedilha as cordas de um violão que não se deixa empoeirar. Você é a senhora e a porta que nos trouxe a esse mundo barulhento e cinza, nossa mãe e eterna tutora. A ti reverenciamos ao recordar de tuas lições; nossa madre, esperança...
Inspiração...
Tema de poesias.
Primeira palavra:
Mãe!
Tens falado conosco e se feito presente: na cor das paredes, no desenho das cadeiras, na transparência das vidraças, nos dóceis panos de tecido, no desenho dos azulejos, no esmalte das louças, nos tranqüilos e metódicos telhados; No sussurro do vento, nos tímidos raios despontando pelas frestas do telhado e no friozinho matinal e... Nas orações!
Dê ti nos recordaremos com reverência.
Pelo amor adocicado que tão puro em meus olhos vir-te.
Até ao dia em que da morte me embale a dormência.
E voe qual pomba ao acento etéreo onde subiste.
Pairando gentilmente até ser desperto da sonolência.
Num novo mundo
Num novo tudo
Aonde a própria morte se vai ao esquecimento
Onde se vive o eterno em um só momento
Correndo por longas distâncias sem se fadigar
A vida se estende, a alma dorme e a música se pode apalpar.
E quando me restares um só pensamento e minhas palavras se apagarem do coração
Entregar-me-ei ao ultimo momento numa fina e rasa respiração
Quando em fim o pontilhar do novo mundo se abrir, se expandir, me intimidar e engolir minha razão... E direi com olhos miúdos e vós risonha no eterno presente: Olá mamãe, em fim juntos novamente.
Pra sempre e sempre...
Ó como são ingênuas tuas mãos que, na medida em que andas pelo jardim de explosivas cores, abençoa as flores, ao tocá-las romanticamente.
E esse ouro que te banha? E essa luz adocicada que surge do alto da cabeça e deságua até teus pés desnudos? E essa melodia que se ergue a medida que caminhas? Quanta leveza.
Riqueza.
E esse ar de Heroísmo? O que procuras pombinha gentil? Aqueles cujo teu ventre gerou, e teus seios amamentaram? Andas até o portão que se abre nas duas bandas do infinito, queres saber se já chegaram? No assento etéreo onde subiste, memória desta vida ti se consente? Teu perfume repousa nas pétalas onde tocas e há saúde em tua pele. Tuas pegadas afundam a areia e teus olhos olhos vasculham o infinito.
Romantismo.
Risos.
Luzes.
Há um lago cujas águas tal como cristal aguarda nosso baile. Dançaremos em memória da vida que tem início nas recamaras superiores. És bem vinda em nossas lembranças, és cantada em nossas cantigas e honrada em nossas letras. Fico a imaginar que música cantarola em teus passeios no dia que é infinito.
Os anônimos se saúdam nas ruas, os pássaros afinados fecham as cortinas do dia que se vai indo; a chuva fininha escurece os telhados e o chão bruto. À noite enfim cai como um véu negro; Os sons do dia se despedem, as crianças se recolhem e as portas se fecham; O silêncio se arma, a fina linha do horizonte se apaga e o céu fica pontilhado.
Enfim...
Mas um dia sem você...
Tenho mais de você em mim do que eu possa supor e aquele, cujo nas veias teu sangue navega, de ti apaixonado se lembra, enquanto dedilha as cordas de um violão que não se deixa empoeirar. Você é a senhora e a porta que nos trouxe a esse mundo barulhento e cinza, nossa mãe e eterna tutora. A ti reverenciamos ao recordar de tuas lições; nossa madre, esperança...
Inspiração...
Tema de poesias.
Primeira palavra:
Mãe!
Tens falado conosco e se feito presente: na cor das paredes, no desenho das cadeiras, na transparência das vidraças, nos dóceis panos de tecido, no desenho dos azulejos, no esmalte das louças, nos tranqüilos e metódicos telhados; No sussurro do vento, nos tímidos raios despontando pelas frestas do telhado e no friozinho matinal e... Nas orações!
Dê ti nos recordaremos com reverência.
Pelo amor adocicado que tão puro em meus olhos vir-te.
Até ao dia em que da morte me embale a dormência.
E voe qual pomba ao acento etéreo onde subiste.
Pairando gentilmente até ser desperto da sonolência.
Num novo mundo
Num novo tudo
Aonde a própria morte se vai ao esquecimento
Onde se vive o eterno em um só momento
Correndo por longas distâncias sem se fadigar
A vida se estende, a alma dorme e a música se pode apalpar.
E quando me restares um só pensamento e minhas palavras se apagarem do coração
Entregar-me-ei ao ultimo momento numa fina e rasa respiração
Quando em fim o pontilhar do novo mundo se abrir, se expandir, me intimidar e engolir minha razão... E direi com olhos miúdos e vós risonha no eterno presente: Olá mamãe, em fim juntos novamente.
Pra sempre e sempre...